#QualidadeDeVida: Combate ao estresse

Fonte: Tim Gouw - Unsplash / Imagem meramente ilustrativa

Definição

Estresse é um conjunto de reações que ocorrem no organismo frente a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras, capazes de perturbar-lhe o funcionamento. Na natureza todos os seres vivos estão sujeitos a este conjunto de reações. Estas reações são necessárias até certo ponto, pois preparam o indivíduo para a sobrevivência gerando basicamente duas respostas: reagir ou fugir. 

Reforçando a idéia devemos ter em mente que o estresse é normal, pelo menos até certo nível.



Causas

Praticamente tudo o que acontece no dia-a-dia e chega à nossa memória pode interferir no estresse.
São muitas as causas de estresse e podemos citar apenas algumas:
  • dor, sofrimento, realização de exames, tratamentos.
  • luz muito forte.
  • ruído em excesso (ruído é um som desagradável).
  • acontecimentos como nascimento, morte, reunião, casamento, doenças em familiares ou pessoas muito queridas, desemprego.
  • responsabilidades: cuidados com outras pessoas, dívidas.
  • relacionamentos desagradáveis: no ambiente familiar (conflito e decepção, divórcio), no emprego ou na escola.
  • estilo de vida: alimentação incorreta, fumo, alcoolismo, sedentarismo, insônia.
Estresse doença

Quando uma pessoa fica estressada ocorre a ativação da glândula hipófise, que fica no cérebro, liberando um hormônio chamado de ACTH (ou hormônio adrenocorticotrófico) que é lançado na corrente sanguínea e ativa outra glândula (a supra-renal, localizada em cima do rim), liberando os hormônios do estresse, a adrenalina (o mesmo que epinefrina) e o cortisol.

 Estes dois hormônios têm funções diferentes, mas agem simultaneamente, com a mesma finalidade.
A adrenalina prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a pressão arterial, relaxa determinados músculos e contrai alguns outros. Em outras palavras, a adrenalina prepara o indivíduo para a ação: para atacar ou para fugir.

O cortisol aumenta a produção de glicose destruindo substâncias existentes no organismo (proteínas, gorduras, triglicerídeos) para gerar a energia necessária para a ação, porém inibe quase todas as partes do sistema imunológico, especialmente quando está aumentado por tempo prolongado.

Então, quando estes hormônios são produzidos em altos níveis geram o estresse doença, que nós chamamos simplesmente estresse, causando uma série de sintomas prejudiciais ao nosso organismo.

O excesso de adrenalina aumenta os batimentos do coração, aumenta a pressão arterial, entre outras coisas.

O excesso de cortisol, quando continuado, leva à destruição de células de defesa, os glóbulos brancos, causando uma baixa na defesa imunológica do organismo, possibilitando a proliferação e desenvolvimento de doenças. Também causa destruição de bilhões de células cerebrais, ao retirar a glicose delas. Esta destruição leva algumas décadas.
Sintomas

O estresse num nível normal é desejável, pois serve de estímulo para a realização de atividades benéficas como aquelas relacionadas com o trabalho diário, com vista aos preparos de uma festa, à limpeza da casa ou à higiene pessoal, etc., em outras palavras, a todas as atividades do dia-a-dia.

Estudos científicos indicam que as pessoas adoecem com mais freqüência e com mais gravidade quando estão submetidas a estresse acentuado por longo tempo. O estresse leva ao pânico, que causa exaustão provocando:
- cansaço, tristeza, agitação, mau humor, medo, redução da capacidade de concentração.
- constantes crises de tensão e angústia, diminuição da produtividade.
- incapacidade de domínio sobre as emoções.
- pressão alta.
- derrame, enfarte.
- enxaqueca, insônia.
- obesidade.
- alterações na menstruação – TPM.
- gastrite, colite.
- doença de Alzheimer (por destruição de células cerebrais), com redução da vontade de realizar tarefas (mesmo as mais simples), do impulso sexual e da função imunológica.
- aumento da suscetibilidade a resfriados e outras infecções respiratórias.
- maior chance de qualquer tipo de infecção bem como da gravidade de própria infecção.
- depressão.
- isolamento social.
- vontade maior de fumar e beber, comer mal e ignorar recomendações médicas.
Tratamento


Há necessidade de reduzir os dois hormônios relacionados ao estresse (adrenalina e cortisol).
Para reduzir a produção destes dois hormônios, a pessoa precisa aprender a administrar o estresse. É preciso aprender a:
- viver e não apenas sobreviver,
- procurar fazer o que realmente dá prazer,
- sentir o gosto dos alimentos ao contrário de apenas engolir,
- dormir e não cair de sono,
- acordar-se e não despertar,
- sentir a água correndo no corpo e não apenas tomar banho,
- desfrutar as delícias do amor e não apenas fazer sexo,
- buscar o equilíbrio entre a quantidade de trabalho e o lazer. 

Psicoterapia

Então o que precisamos é identificar e eliminar as causas de estresse, conforme mencionadas acima. Esta tarefa nem sempre é fácil. Há pessoas que têm certa facilidade em conseguir um controle da situação. Quando o estresse perdura por muito tempo é difícil o indivíduo se conectar com a realidade. Muitas vezes é difícil distinguir entre o caminho correto e as armadilhas preparadas no dia-a-dia de muitas pessoas. O aconselhável é recorrer à ajuda profissional de um psicólogo. Lembrar que a psicoterapia é um tratamento prolongado, exigindo dedicação, paciência e entendimento da situação.

 A psicoterapia é de grande importância no tratamento e mesmo da prevenção do estresse no mundo moderno. Praticamente todas as pessoas deveriam fazer psicoterapia.

 Já foi comprovado que os pacientes com câncer e submetidos à psicoterapia de grupo podem sobreviver mais tempo em grande parte porque a psicoterapia faz que eles comam, durmam, façam exercícios e descansem melhor.


Atividade Física
É de grande importância no controle do estresse, pois libera endorfina (um hormônio também produzido na hipófise), que inibe a produção do próprio cortisol, que como já vimos é um dos hormônios do estresse. Qualquer atividade física é boa, mas com vista ao estresse o mais indicado seria que a pessoa praticasse atividade aeróbica, como caminhada, ciclismo, natação, etc. Veja o artigo Atividade Física.

Dieta
Não há uma dieta específica para o estresse. O que se deve ter em mente é uma dieta saudável, variável, balanceada (que contenha todos os ingredientes). Ingerir chocolate, aveia, banana, brócolis, espinafre, nozes, castanhas, amêndoas, laranja, maracujá, peixe e demais frutos do mar, pimenta, alface. Veja o artigo Dieta.

Tratamento Químico
O tratamento à base de medicamentos (calmantes, tranqüilizantes, remédios para dormir) deve ser feito na fase de estresse muito intenso como, por exemplo, uma grande perda (morte de alguém muito próximo, desemprego) ou outro problema muito sério, mas por curto espaço de tempo. Nos casos de estresse prolongado, por motivos diversos que se sucedem, dia após dia, os medicamentos são apenas um paliativo.

Conclusão
O estresse está intimamente relacionado à hereditariedade (ou aos costumes familiares?) e ao estilo de vida. Quem é estressado deve mudar o estilo de vida: dieta, atividade física e quebrar a rotina do dia-a-dia. 

Atenção!

Esse texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um ou vários profissionais e não se caracteriza como sendo um atendimento.

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